Sonhos de Menina
Em busca de mim mesma sonho, e neste sonho vou embalando minhas tristezas. Meus sonhos de menina, sonhos de adolescente, sonhos de mulher madura...
E a noite vem trazendo junto com as sombras, os medos cravados na alma.
Medos do desconhecido que teima em bater na porta da consciência e organizar um começo, um principio de um sonho a realizar.
Quantas vezes, no meu pequeno caderno, colocava palavras, ao descrever o que me fascinava, Como num mundo a parte eu vivia, sozinha a criar, e muitas vezes sedada após alguma cirurgia, e foram tantas, eu ainda delirava.
Mundo pequeno, sem conhecimento, fechado num pequeno circulo, sem as resposta que meu espírito buscava.
Entre papel e esparadrapos, criava roupas para pequenas bonecas, ganhadas em salas de hospitais, e nelas me via, como mulher grande, senhora de si.
E quantos rostos me olhavam, alguns me assustavam, perdia a noção, seria imaginação?
Muitos vieram, e se foram, como as sombras a me guiar, e na inocência de criança, todos eram reais. Quando o medo apertava, cobria a cabeça e começava a rezar. Mas o sol aparecia e as sombras se iam, e a menina criança respirava aliviada.
Anos passavam, a menina cresceu, e as duvidas mudaram, mas a solidão aumentava. Descobri uma maneira de viajar: livros!
Lindo presente de uma Tia querida, um pequeno livro de bolso, história de faroeste. Que maravilha, que fascínio, Esperava com ansiedade por um novo, e que por falta de recursos demorava a chegar.
E quantas fotonovelas, ai sim meu mundo se coloria, e muitas história criava, quantos sonhos sonhava, a mocinha se descobria.
Sim, e ainda hoje, mulher madura, tento definir o que é sonho, e o que é realidade. E entre acertos e erros vou me firmando e encontrando , não as respostas, mas sim pelo menos a direção a tomar.
Vânia Silva
Enviado por Vânia Silva em 13/08/2010
Alterado em 13/08/2010
